
A história da ATJ Associação Timonense de Judô em muitos aspectos se confunde com a história da Escola de Judô de Timon. Bem, sendo assim, vamos começar a contar a história da ATJ de seu verdadeiro começo: a implantação da Escola de Judô de Timon.
Foi em 2001 que o "Igrejinha", então secretário de esportes de Timon, criou a Escolinha de Judô, nos mesmos moldes das escolinhas de futebol mantidas pela prefeitura municipal. Durante três anos os treinos aconteceram na Academia Gymnasium, onde treinavam cerca de 30 judocas. A princípio, a Escola de Judô de Timon era uma escolinha como qualquer outra, mas os exemplos trazidos pela filosofia do Judô e os pais dos atletas que nela treinavam iram revelar novos rumos ao Judô de Timon.
Depois da primeira participação nos Jogos Escolares Maranhenses em 2002, começamos a trabalhar juntos para arrecadar fundos e ter maior conforto nas competições. Foi neste momento, por volta de outubro de 2002, que a mãe do atleta Luiz Miguel Budaruíche Neto, a tia Lívia, sugeriu que nós montássemos uma associação de Judô. Naquele momento, éramos apenas um grupo de amigos, mas tínhamos muita força e vontade de crescer, e ao longo de vários encontros, a idéia da associação foi amadurecendo.
Com o começo do ano de 2003, o Judô de Timon passou pela sua primeira prova: começamos o ano sem tatami para treinar e sem professor. Diante da morosidade da prefeitura em resolver o problema, nós, judocas, nos unimos, lutamos e conseguimos o material nescessário para montar um novo dojô. Vendo a nossa vontade, logo o Igrejinha fez a sua parte e reiniciamos os treinos. Foi a primeira vez que percebemos que só a nossa união poderia garantir a presença do Judô em Timon, e foi com esta convicção que decidimos criar a Associação Timonense de Judô.
Nossa primeira reunião oficial foi dia 10 de Março de 2003. Depois do treino, sentados em uma calçada na Rua Luis Domingues, conversamos e lavramos a ata de fundação da ATJ. Nascemos no meio da rua, simples e humildes, mas fortes e determinados a lutar.
Reiniciados os treinos em 2004, começamos a trabalhar junto com os pais, motivando os atletas e buscando cumprir o nosso lema: Ajudando a formar cidadãos. Realizamos encontros com os três candidatos a prefeito nos quais todos eles assinaram uma carta-compromisso assumindo o compromisso de zelar pelo desenvolvimento do Judô nos seus possíveis mandatos.
Em 2005, passamos pela nossa segunda prova: com o fechamento da Academia Gymnasium e a mudança de governo, depois da posse da professora Socorro Waquim, a Escola de Judô foi novamente fechada. Mas não ficamos de braços cruzados e fomos à luta, com um fato a nosso favor, ainda éramos jovens, mas agora estávamos organizados e unidos e contávamos com o firme apoio de muitos pais, e já não éramos apenas um simples grupo de garotos, formávamos uma associação, a Associação Timonense de Judô, a ATJ.
Aquele foi um ano difícil para o judô de Timon que mais uma vez quase se extinguiu, naquele ano tivemos inúmeras reuniões com o secretário em função, professor Sétimo Waquim. Através dele, conseguimos legalizar a Associação Timonense de Judô , mas nem por isso nós fomos mais brandos com ele. Estávamos parados e queríamos o judô de volta em Timon e lutamos por isso. Fizemos reivindicações. Elaboramos um panfleto, a carta ao povo Timonense, "descendo o pau" na prefeita e colocamos na rua no dia do desfile de 7 de setembro. Ocupamos a prefeitura de Timon até que após 10 meses de luta conseguimos a reimplantação da Escola de Judô, num local público, já em 2006.
Havíamos vencido mais uma luta e aprendemos muito com isso. O resultado de todo nosso esforço foi o reconhecimento. Hoje somos a ATJ, e nosso lugar está marcado na história do Judô de Timon. Somos bem mais que um grupo de meninos ou de atletas, somo Judocas no sentido real da palavra, somos cidadãos como quiz Jigoro Kano, e nossa história continua ...